Neste dia 8 de março, desejamos, com um carinho especial, um Feliz Dia Internacional da Mulher à todas as mulheres, e em especial às Técnicas Industriais. Seu talento, dedicação e conquistas são fundamentais para o avanço da indústria e da sociedade. A luta da mulher na indústria é diária e precisa ser potencializada para que as vozes de todas sejam devidamente ouvidas.

Um grande canal de suporte para as mulheres técnicas é o Grupo de Trabalho Mulheres de Botina do CRT-ES. Ele tem como função atuar no reconhecimento e defesa dos direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais das mulheres, entre outras atitudes que apoiam o desenvolvimento das profissionais. Todas as mulheres técnicas podem fazer parte desse apoio e contribuir para o crescimento da força feminina nas indústrias brasileiras. Para participar do Grupo de Trabalho, basta entrar em contato com o CRT-ES em qualquer canal de comunicação oficial do conselho e manifestar o interesse em participar.

Atualmente, o GT Mulheres de Botina do CRT-ES conta com mais de 20 mulheres unidas em prol de causas do universo feminino no ambiente de trabalho industrial. O grupo conta com a parceria da vice-prefeita de Vitória, Capitã Estéfane e a Secretária de Estado das Mulheres do Espírito Santo, Jacqueline Moraes.

Mulheres no CRT-ES

A equipe feminina do CRT-ES representa quase 50% dos colaboradores, sendo 13 mulheres e 18 homens. Nessa perspectiva, entre as 13 mulheres, 5 estão em cargos de liderança. Além disso, fazem parte do grupo de conselheiros duas mulheres técnicas: Adriana e Quedilza.

Adriana Neto, é a única mulher formada como técnica em Refrigeração e Ar Condicionado com registro ativo no CRT-ES. Já Quedilza da Silva Dias, técnica em Agrimensura, é a 20º profissional dentre os mais de 16 mil técnicos registrados no conselho e a 3º mulher que mais emite o Termo de Responsabilidade Técnica (TRT), com 647 emissões. Ambas possuem suas próprias empresas.

Mulheres técnicas do CRT-ES

As mulheres técnicas com registro ativo têm crescido a cada ano. Confira alguns dados importantes referente as técnicas do CRT-ES*:

  • Ao todo, 1247 mulheres estão registradas no CRT-ES;
  • Os maiores registros de técnicas encontram-se nas seguintes modalidades: Edificações 321; Mecânica 273; Eletrotécnica 257; Meio Ambiente 105; Automação Industrial 93;
  • Entre os 100 primeiros técnicos que mais emitem TRT’s, 7 são mulheres;
  • A técnica em Eletrotécnica, Katyane de Almeida Balardino é a mulher que mais emite TRT no Espírito Santo, somando incríveis 762 TRTs. Em 2º lugar, Thayná de Almeida Lima, técnica em Edificações e em Eletrotécnica, com 745 emissões.

Esses dados foram resultados de uma pesquisa realizada pelo Grupo de Trabalho Mulheres de Botina do CRT-ES. Valorizamos e parabenizamos o esforço e dedicação das mulheres técnicas brasileiras e, em especial, as capixabas, por movimentarem a indústria brasileira.

Elas movimentam o mundo

Com base no estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre a presença das mulheres na indústria, é possível vislumbrar um cenário de avanços significativos nas últimas décadas.

Ao analisar os dados do levantamento, percebe-se um progresso notável na equiparação salarial entre homens e mulheres. Nos últimos 10 anos, houve um aumento de 6,7 pontos na paridade salarial, indicando uma aproximação significativa entre os rendimentos de ambos os gêneros. Esse movimento reflete não apenas uma evolução na valorização do trabalho feminino, mas também uma maior conscientização sobre a importância da equidade de gênero no ambiente de trabalho.

Além disso, é evidente o crescimento da presença feminina em cargos de liderança na indústria. O aumento de cerca de 9,5% em uma década na participação das mulheres em funções de tomada de decisões demonstra uma mudança gradual, porém consistente, na composição dos quadros executivos das empresas. Esse fenômeno não apenas reflete a capacidade e competência das mulheres para ocuparem posições de destaque, mas também revela uma maior abertura por parte das organizações em reconhecer e valorizar o talento feminino.

Outro ponto relevante destacado pelo estudo é a superioridade educacional das mulheres em relação aos homens na indústria. Com um tempo médio de estudo superior, as mulheres estão cada vez mais preparadas para enfrentar os desafios e demandas do mercado de trabalho, especialmente em áreas técnicas que demandam conhecimento especializado.

O aumento da empregabilidade feminina, aliado ao crescimento na paridade salarial e na presença em cargos de liderança, reflete um movimento de transformação na indústria brasileira. No entanto, apesar dos avanços, ainda há desafios a serem superados, como a garantia de igualdade de oportunidades, a promoção de políticas de inclusão e o combate a estereótipos de gênero.

Em suma, o estudo da CNI evidencia não apenas os avanços conquistados pelas mulheres na indústria, mas também aponta para a necessidade de continuar promovendo a igualdade de gênero e construindo um ambiente de trabalho mais inclusivo e equitativo para todos.

 

*Dados do CRT-ES de 2018 a fevereiro de 2024

Texto: Ascom CRT-ES – Pollyana Cuel